Como podemos definir um sonho?
Associação de imagens, frequentemente desconexas ou
confusas, que se formam no espirito da pessoa enquanto dorme.
Ilusão, fantasia, desvaneio, utopia.
Coisa vã, fútil, que se esvai.
Idéia acalentada, ideal. Desejo intenso e vivo.
Querer algo que é demasiado demais para sua realidade.
Algo impossível, ou praticamente isso. Visão sobrenatural.
Algo tão extraordinário que é difícil de acreditar.
Bolo de farinha e ovos, muito fofo, e revestido de açucár.
Tudo isso pode ser um sonho né?
Talvez apertando mais um pouco as idéias, poderiam
surgir mais traduções e pensamentos sobre essa simples palavra.
Mas, uma simples palavra que ultimamente tenho ouvido muito,
quando relacionada a relacionamentos.
Relacionamento de verdade, sentimentos de verdade,
amor de verdade, e não esse jogo de relações que estamos vivendo.
Poxa, eu me incluo nisso também.
Se você discorda, ou não se inclui nesse sonho também,
não se preocupe, logo vai entender do que isso se trata,
e vai querer assinar embaixo.
Na realidade, acho que não existe nada mais contestador para mim,
do que imaginar um sentimento sincero, coisa de filme, realidade de sonhos.
Chego até a discordar de Cazuza. Eu não quero um amor tranquilo
com sabor de fruta mordida. Quero um amor vivido. Com a dureza
de ter que mudar alguma coisa. Com o sofrimento de aceitar, melhorar.
Sofrimento de saber que eu ainda não fiz o necessário. Não dei o máximo de mim.
O amor eu quero. A tranquilidade também. Mas para chegar nisso,
muito "sofrimento" é vivido.
Mas, no meio de todo sonho que eu tenho, alguém aparece.
Alguém totalmente diferente do que eu vejo.
Diferente do que eu vivo.
E, se é sonho ou não, eu nem sei.
Mas eu vou observar, e acredite,
vou encontrar, quem eu nunca imaginei.
Talvez eu queira me apaixonar para sempre.
Sonhar é de graça mesmo.
Ricardo Kennerly.