terça-feira, 4 de setembro de 2012

Apenas hoje!



Quando estou sozinho no quarto, é muito silêncio pra mim.
É o silêncio que me faz pensar em todas as teorias da vida,
o silêncio que me lembra de quem eu sou nessa vida.
É quando eu precisaria de qualquer pessoa para conversar,
nem que não fosse algum amigo.
Mas esse silêncio me faz pensar que precisaria de alguém mais que amigo,
alguém mais confidente, alguém do sexo oposto.
Alguém que mesmo que eu não fale nada, esteja aqui,
pra que eu possa passar a mão no rosto.
Alguém que vai brigar comigo porque eu baguncei o seu cabelo,
e mesmo assim, vai sorrir pra mim.
Sorriso tão profundo como o oceano, que esconde maravilhas,
que sustenta beleza, que proporciona alegria.
Da janela do meu quarto, vejo a lua.
Oh Lua, como é bela, como é doce seu encanto.
Lua que me prende ao ponto de perder o tempo,
e que me faz perguntar bem depois,
como pode ser tão radiante?
Ah, o quarto vazio...
Estou literalmente vazio, em um quarto vazio.
Meus pensamentos nem alcançam mais uma imagem
que venha se associar com esse momento vazio.
Em qualquer momento vazio, normalmente enxergaria algum rosto.
Algum rosto se quer certamente viria a minha cabeça,
mas não hoje, não dessa vez, não nesse silêncio.
E o que aconteceu comigo? Me pergunto inúmeras vezes
mas nem se quer consigo me atentar ao chão do quarto vazio.
Não, eu não estou sozinho. Minha cabeça não está vazia.
Está apenas descansando. Descansando como você descansa depois de algo cansativo.
Ah, como é bom descansar!
Bom abrir os olhos e ver que me sinto mais leve.
É bom saber que estou cheio de energias agora,
e melhor ainda...
É saber que agora, eu posso dar o máximo de mim,
sem nenhum empecilho.