domingo, 5 de agosto de 2012

É, indignado!


Quer saber mesmo o que eu penso?
Penso que somos todos grandes idiotas, pois não sabemos viver.
Lembre quantas vezes já deu conselhos para alguém, e em situação parecida, precisou ouvir os mesmos conselhos?

Pense quantos relacionamentos não deram certo porque o orgulho de um deles ou até mesmo dos dois foram maiores do que a vontade de estarem juntos.

Imagina quantas vezes aquela história de querer falar, mas não ter falado por medo ou por vergonha, quantas vezes isso não seria o adubo da situação?

E quando você não gosta de uma simples piscada que a outra pessoa deu para uma amiga, e se mantém quieta, sem falar nada, qualquer simples comentário que ali no momento resolveria todas as outras paranóias que sua cabeça iria criar segundos depois. Será que ele tem outra, será que não é fiel a mim, será que fica de conversinha pelo facebook ou por sms no celular.

Quantas vezes discou o numero e não ligou porque pensou que estaria incomodado, ou que a outra pessoa não estaria com vontade de falar com você?
Quantos convites ficaram presos a si mesmo por medo de rejeição?

Deixe o orgulho de lado, assuma quantas vezes você não foi carinhoso ou fofo porque esse é o papel da mulher. Ou não convidou, não ligou ou não chamou, porque esse é o papel do homem.

Quantas malditas vezes ficou pensando no que falar na próxima discução que tivessem nos argumentos para dar a culpa na outra pessoa, ao invés de bolar algo para que ficassem bem, fizessem as pazes e voltassem a sorrir.

Quantas vezes ficou pensando em desculpinhas furadas para terminar uma relação, ao invés de ser sincero e dizer que outra pessoa chamou mais a sua atenção. Quantas mentiras foram ditas com a tentativa de preservar uma boa imagem sua.

Ah, pelo amor de Deus, quantas pessoas já deixou escapar da sua vida por motivos que você mesmo se envergonha.

Quantos arrependimentos já teve uma semana depois, mas o maldito orgulho e vergonha de ter que abaixar a cabeça não possibilitou que tentasse reabilitar.

Quantos casos absurdos de término sem motivo sólido, porque simplesmente você não quer magoar o coração de uma pessoa que é tão maravilhosa, e depois, ajoelha e pede a Deus uma pessoa boa, porque ninguém presta.

Quantas vezes foi preciso ver quem era seu com outra pessoa e só assim então dar valor a ele. Muitas vezes o sentimento de perca faz com que isso doa em você.

Mas insistimos em viver assim, fazendo joguinhos de amor. Ignorando para ver se ele faz alguma coisa. Flertando com outra pessoa, para despertar ciúmes. Andando com roupas curtas e apertadas, para chamar a atenção.

Tente aceitar que os erros sempre vão existir, e que desistir, é imaturidade demais.
Porque não conversar abertamente? Sinceramente?
Aceitar o jeito da pessoa. Saber que as coisas podem mudar com o tempo.
Ter em mente, que uma conquista, é dupla. Um conquista o outro, caso contrário, é interesse.

Viver o sentimento verdadeiro. Sentir o amor real.
É isso que falta.

Ricardo Kennerly