sábado, 25 de agosto de 2012

Uma criança. Apenas uma criança!


Acho incrível a maneira de como as crianças vivem.
De como se divertem com brinquedinhos simples.
Da alegria que criam com uma mangueira e a torneira aberta.
Da capacidade de acreditarem na promessa de que depois do almoço poderão brincar.

Particularmente gosto muito de crianças. Gosto pela sinceridade das palavras, pelo divertimento constante, pelas gargalhadas gostosas. Ah, como é gostoso brincar com uma criança.

Era uma tarde de domingo. Mais uma tarde qualquer onde uma criança queria sair, brincar, pular. Um menino de 4 aninhos.
Eu chutava a bola, e ele corria para pegar.
Quando chegava perto, eu esquecia a bola e fazia cocegas até que ele não aguentasse mais de tanto rir.
Me pedia para joga-lo ao alto e isso era um divertimento incrível.
"Vô, olha só vô, olha até onde eu vou!"
Essa criança pediu para que eu fechasse os olhos e contasse até dez para que ele pudesse se esconder e que eu o procura-se depois.
Enquanto isso, um parente chegou de moto. Parou a moto bem no cantinho rente a parede, e foi o esconderijo perfeito que a criança pode encontrar.
Foi tentando entrar entre a parede e a moto para se esconder do tio, e na inocência de uma criança, não se deparou com os perigos que ali tinham. Ao se apoiar na moto para agachar e se esconder, apoiou com as duas mãos no escapamento, ainda muito quente da moto.
Quem já se queimou em um escapamento de moto sabe a dor que é isso.
O menino então começa a chorar de maneira desesperada pois alem de ser uma criança com as mãozinhas delicadas, havia encostado as duas mãos inteirinhas e não apenas um pedaço da perna como muitos de nós já fizemos. Em meio a todo desespero, ele deita no chão, levanta, corre pra lá e pra cá sem saber o que fazer, enquanto as lagrimas caiam.
Lembro que até fiquei ali parado, sem saber o que fazer, sem saber o que falar.
Quase sem folego para chorar ou para reclamar da dor, ele olhou para mim e de maneira desesperadora disse enquanto gritava e chorava:
"Ká, pede pra Jesus sarar. Pede pra ele fazer parar de doer. Está doendo muito!"

Como uma criança de apenas 4 anos consegue acreditar na promessa de que Deus pode nos ajudar, enquanto nós mais velhos muitas vezes duvidamos dessa promessa.
Qual é o problema que você tem enfrentado, que Deus não pode ajudar?

10 minutos depois, o menino estava brincando novamente. Sem dores, sem marcas, sem cicatrizes.
Como pode isso acontecer?
Como pode?